A imagem é uma ilustração da porta de uma escola que precisa ser acessada por uma escada ou uma rampa, porém ambas estão obstruídas pela neve. Um homem segura uma pá e diversas crianças estão esperando, entre elas um menino cadeirante. Um menino cadeirante e o homem têm o diálogo descrito na legenda da imagem. Menino na cadeira de rodas: “Você poderia limpar a rampa, por favor?” Zelador: “Todas as outras crianças estão esperando para usar as escadas. Quando eu terminar de limpá-las, eu limparei a rampa para você”. Menino na cadeira de rodas: “Mas se você limpar a rampa, nós todos poderemos entrar”.
No Brasil cerca de 24% da população (45 milhões de brasileiros) possui algum tipo de deficiência(IBGE).
Para empresas
- Responsabilidade social
- Melhoria da imagem da empresa, com o consequente fortalecimento da marca
- Aumento da visibilidade do site pelos sistemas de busca
- Fidelização de usuários e clientes
- Crescimento da audiência do site web
- Vantagem competitiva
- Canal aberto de comunicação com usuários e clientes
- Diminuição dos custos com manutenção
- Melhoria do desempenho
- Aumento da interoperabilidade
Para as pessoas
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Pessoas cegas que utilizam programas leitores de tela no computador navegam sem dificuldade pelos sítios web, preenchem formulários, acionam botões por meio de comandos do teclado e conseguem acessar, inclusive, as informações que estão em imagens, por meio de textos alternativos.
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Pessoas com baixa visão, usando ou não programas ampliadores de tela, não têm dificuldade com o contraste, nem para identificar e clicar em hiperlinks, barras e botões, nem para aumentar o tamanho das letras.
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Pessoas que não conseguem identificar algumas cores não se confundem nem perdem informações, porque todas as informações apresentadas por meio de cores são transmitidas também de outras formas.
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Pessoas surdas ou com deficiência auditiva acessam informações em áudio e vídeo com legendas, transcrições e traduções em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).
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Pessoas com deficiência motora e mobilidade reduzida que utilizam apenas o teclado para acessar os conteúdos dos sítios web navegam com facilidade por todos os menus e seus subitens, formulários, serviços e informações disponíveis.
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Pessoas com deficiência intelectual ajustam a velocidade das animações e têm acesso a conteúdos em texto, áudio e vídeo para aprimorarem seus estudos.
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Pessoas com baixa experiência computacional aprendem com facilidade a utilizar serviços fundamentais para seu dia a dia e encontram com rapidez todas as informações de que necessitam.
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Pessoas com idade avançada conseguem encontrar todas as informações de que necessitam devido ao bom contraste, assim como pelo tamanho dos textos, navegabilidade e baixa complexidade das interações.
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Pessoas com problemas de conexão com a Internet acessam as páginas web com facilidade e navegam com ótimo desempenho.
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Pessoas com dispositivos móveis acessam serviços e informações na Web, mesmo utilizando telas e teclados muito pequenos e com velocidade de conexão e capacidade de processamento e armazenamento reduzidas.
Tornando o seu projeto acessível fará com que essas pessoas sejam incluídas e consigam ter acesso ao seu conteúdo/produto.
Após a promulgação da Constituição, a Lei nº 10.098 foi o primeiro avanço efetivo na legislação brasileira em relação à acessibilidade. Ela estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências.
Essa lei foi regulamentada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Este decreto representou um grande avanço, pois estabelece, no seu conceito de acessibilidade, a “utilização, com segurança e autonomia, […] dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação”.
O acesso às tecnologias de informação e comunicação também foi definido como um direito humano básico na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (UN CRPD).
O Web Content Accessibility Guidelines pode ser considerado o principal documento de acessibilidade na Web no qual o desenvolvedor se baseia para tornar o conteúdo acessível.
Princípio | Diretrizes |
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Perceptível | Alternativas em Texto: Fornecer alternativas em texto para todo o conteúdo não textual de modo a que o mesmo possa ser apresentado de outras formas, de acordo com as necessidades dos utilizadores, como por exemplo: caracteres ampliados, braille, fala, símbolos ou uma linguagem mais simples. Mídia Dinâmica ou Contínua: Fornecer alternativas para conteúdo em multimídia dinâmica ou temporal. Adaptável: Criar conteúdo que possa ser apresentado de diferentes formas (por ex., um esquema de página mais simples) sem perder informação ou estrutura. Distinguível: Facilitar aos utilizadores a audição e a visão dos conteúdos nomeadamente através da separação do primeiro plano do plano de fundo. |
Operável | Acessível por Teclado: Fazer com que toda a funcionalidade fique disponível a partir do teclado. Tempo Suficiente: Proporcionar aos utilizadores tempo suficiente para lerem e utilizarem o conteúdo. Diretriz 2.3 Convulsões: Não criar conteúdo de uma forma que se sabe que pode causar convulsões. Navegável: Fornecer formas de ajudar os utilizadores a navegar, localizar conteúdos e determinar o local onde estão. |
Compreensível | Legível: Tornar o conteúdo textual legível e compreensível. Previsível: Fazer com que as páginas Web apareçam e funcionem de forma previsível. Assistência na Inserção de Dados: Ajudar os utilizadores a evitar e a corrigir os erros. |
Robusto | Compatível: Maximizar a compatibilidade com os agentes de utilizador atuais e futuros, incluindo as tecnologias de apoio. |
- Perceptível
As informações e os componentes da interface do usuário devem ser apresentados em formas que possam ser percebidas pelo usuário. Isso significa que o conteúdo não pode ser invisível para mais de um sentido do usuário. Um bom exemplo para este princípio é considerar que qualquer conteúdo não textual precisa ter uma alternativa em texto, seja ele uma imagem, um campo de formulário etc.
- Operável
Os componentes de interface de usuário e a navegação devem ser operáveis. Para tanto, o usuário não deve ter impedimentos para utilizar a interface, seja ele por um computador, smartphone ou tablet. Para exemplificar esse princípio, as diretrizes apontam a importância da navegação por teclado, já que nem todas as pessoas têm facilidade com o uso do mouse.
- Compreensível
A informação e a operação da interface de usuário devem ser compreensíveis. Este princípio toca em aspectos que não são necessariamente técnicos, já que está relacionado à compreensão do usuário. Uso adequado de cores, abreviaturas e outras diretrizes relacionadas a conteúdo fazem parte deste princípio
- Robusto
O conteúdo deve ser robusto o suficiente para poder ser interpretado de forma confiável por uma ampla variedade de agentes de usuário, incluindo tecnologias assistivas. Basicamente, isso representa que a aplicação deve ser bem construída, de forma a ser acessível para uma gama maior de navegadores e tecnologia assistiva. O uso correto dos padrões Web já ajuda bastante a atingir este princípio
- Diretriz 1.1 Alternativas em texto
Fornecer alternativas textuais para qualquer conteúdo não textual, para que possa ser transformado em outras formas de acordo com as necessidades dos usuários, tais como impressão com tamanho de fontes maiores, braille, fala, símbolos ou linguagem mais simples.
- Diretriz 2.1 Acessível por teclado
Fazer com que toda funcionalidade fique disponível a partir de um teclado
- Diretriz 3.1 Legível
Tornar o conteúdo do texto legível e compreensível.
- Diretriz 4.1 Compatível
Maximizar a compatibilidade entre os atuais e futuros agentes de usuário, incluindo tecnologias assistivas.
- Nível A
Nível mínimo de conformidade. Atingindo este nível um grande conjunto de barreiras de acesso são eliminadas, possibilitando que pessoas com certos tipos de deficiência consigam acessar de forma plena.
- Nível AA
Com os critérios de sucesso de níveis A e AA, sua aplicação consegue eliminar mais barreiras de acesso, atingindo um público maior do que somente os contemplados pelo nível A.
- Nível AAA
Satisfaz os critérios dos níveis anteriores, possibilitando que mais pessoas sejam contempladas com a acessibilidade da aplicação, porém é o mais difícil de se atingir. Não se recomenda utilizar o nível AAA como política de acessibilidade para sites inteiros, mas em algumas áreas, quando necessário, pode ser bastante útil.
- Acessibilidade não é filantropia. É garantia de direitos iguais.
- Eliminar barreiras de acesso é mais simples do que parece.
- Uma Web acessível beneficia todas as pessoas. Defenda-a o quanto possível.